terça-feira, 29 de março de 2011

O AMOR E A PEGADA

Muito se fala em pegada nos dias de hoje e se tornou um requisito indispensável nas relações afetivas.
Há quem diga que a pegada é fundamental sem a qual não há relacionamento que resista.
Não estou falando da pegada na areia ou do rastro que se deixa ao caminhar e sim da maneira que um homem se comporta minutos antes de beijar uma mulher.

Para a mulher esse momento é crucial para decidir quem vai ou quem fica em sua vida.
Jamais confunda pegada com a força ou com a violência!
A pegada é a mistura perfeita do vigor de um movimento com a sutileza do toque, é a linha tênue que divide os dois momentos.

O termo “pegada” teve sua origem na linguagem musical, onde um músico se diferenciava do outro pela pegada ou “pata”.
Ela quem distingue quem toca mal (sem pegada) ou toca bem (com pegada).

Há músicos extremamente habilidosos, porém sem pegada alguma, nem precisa ter muita percepção musical para perceber a diferença de um instrumento tocado com ou sem pegada.
A pegada torna a música mais gostosa de ouvir.
Mas o segredo fundamental da pegada na música é o sentimento.
Um músico que toca sem sentimento nunca terá uma boa pegada e jamais conseguirá empolgar quem o houve.

A PEGADA NA RELAÇÃO

Como a vida imita a arte até mesmo na hora H, a pegada não poderia ficar de fora.
Assim como na música, a pegada vem de dentro para fora, portanto pode se definir que a pegada a é forma de expressão da alma.

Por isso não se iluda, um troglodita será sempre um troglodita e um Bambi sempre será um Bambi. Repito, Não confunda a força com a pegada!!

Qualquer homem independentemente da ESTATURA ou do PORTE FÍSICO, que possuído de um desejo ardente por uma mulher e uma sensibilidade quase musical, que for capaz de ouvir o som do coração de uma mulher e sentir sua pulsação, que busca sincronizar sua respiração com a dela, que consegue lê e interpretar o que os olhos dizem e mesmo quando fechados, é capaz de perceber os seus desejos mais íntimos pelo simples movimento do corpo; esse homem conseguirá imprimir sua pegada na medida certa e será inesquecível no imaginário e no sonho de uma mulher.


É aqui que vai o meu alerta, a pegada não é tudo, ela é prioridade no Início do relacionamento ou nos relacionamentos de curta ou média duração.
Portanto, numa relação duradoura como o casamento, a pegada tem o seu lugar de destaque ela não deve faltar no repertório do casal, mas outros fatores muito mais importantes devem vir antes.
O amor continua sendo hors concours sem ele, qualquer casamento está fadado ao fracasso; seguido de outros fatores como o respeito, o carinho, a cumplicidade e a ternura todos eles devem vir antes da pegada, aliás, perto deles a pegada se torna coadjuvante, visto que a beleza passa, o corpo cansa e o sexo se torna cada vez mais escasso com o passar dos anos.
Ninguém perde a pegada, ela se perder com a rotina ou com a falta de amor.

Sem contar que uma fatalidade, doença ou acidente podem acontecer no percurso da vida. Nesse momento, apenas os fatores eternos ficarão... à medida que a pegada vai ficando para traz como as pegadas na areia deixadas no caminho da vida.

Resolvi escrever sobre esse tema depois que vi um vídeo da Lídia uma linda mulher com um casamento maravilhoso que depois de um acidente de automóvel ficou treta pléjica, o mais importante é que o amor e o carinho de seu esposo está ajudando na sua recuperação.
http://www.youtube.com/watch?v=elA3oC-4fJY&feature=player_embedded

Moises Santuário
Músico e Compositor


Foto da Missionária Lidia no dia de seu casamento

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